O sistema de comunicação financeira Swift apresentou um plano para estabelecer uma rede global de moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDC), após um experimento de oito meses envolvendo diversas tecnologias e moedas. Durante a discussão, que incluiu a participação dos bancos centrais nacionais da França e da Alemanha, bem como de bancos globais como HSBC, Standard Chartered e UBS, explorou-se como os CBDCs poderiam ser utilizados em âmbito internacional e convertidos em dinheiro fiduciário, se necessário.
O chefe de inovação da SWIFT, Nick Kerigan, comparou o piloto à estrutura de uma roda de bicicleta, onde 14 bancos centrais e comerciais se conectaram ao centro principal. Este piloto será seguido por testes mais avançados no próximo ano. A ideia é que, uma vez escalonado, os bancos possam necessitar apenas de uma conexão global central, em vez de milhares, se tivessem que configurar conexões com cada contraparte individualmente.
“Acreditamos que o número de conexões necessárias é muito menor”, afirmou Kerigan. “Portanto, você provavelmente terá menos interrupções na cadeia e provavelmente alcançará maior eficiência.”
Alguns países, como Bahamas e Nigéria, já têm CBDCs em operação. A China está avançada nos testes reais de um yuan digital, e o Banco de Compensações Internacionais (BIS) também está conduzindo testes transfronteiriços.
Uma das principais vantagens da SWIFT é que sua rede existente já está em operação em mais de 200 países, conectando mais de 11.500 bancos e fundos. Kerigan sugeriu que esse modelo poderia ser aplicado a um novo sistema CBDC, embora expressasse dúvidas de que isso impediria países de adotarem tal sistema.
“Portanto, uma solução que seja rápida, eficiente e que tenha acesso ao maior número possível de outros países parece ser atraente.”
